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terça-feira, 30 de abril de 2013

Decida mudar algo...





E quando algum amigo nos diz: ”confronte seus medos, abrace suas duvidas, e escolha a mudança!” Parece fácil a princípio, achamos legal o que o amigo nos diz, e até refletimos, mas e quem não gosta de mudanças? E quem tem medo de enfrentar as emoções mais dolorosas e difíceis, e prefere esquecer?
Complicado falar sobre mudanças...

Algumas mudanças minhas foram observadas com o tempo, mais especificamente o medo, e tenho seguido em frente, apesar de que, muitas vezes meu coração falta saltar pela boca... E nessas horas, prefiro escolher ser positiva, prefiro escolher o crescimento, prefiro pensar que eu consigo perdoar, mesmo que em muitas vezes isso demore, prefiro acreditar que tudo vai dar certo no final.

Acho que pensamos sempre que a mudança, ou o medo de mudar, é a única razão pela qual vamor resistindo a muitas coisas, mas chega uma hora que não dá, ficamos “encurralados” na parede e temos que fazer nossas escolhas, e refletimos sobre a vida, sobre as voltas que ela dá, sobre os momentos de sorte que tivemos, sobre os momentos em que nos decepcionamos... E aprendemos a lição, ou melhor, aceitamos as mudanças para viver uma vida melhor, aprendemos que sem mudanças não saimos do lugar, e vamos experimentando outras formas de gostar, de sentir, de viver, vamos aprendendo a ser mais fortes, a ser mais responsáveis, aprendemos a conhecer quem está próximo de nós por amor ou por alguma circunstância.






E o melhor de tudo, percebemos que o que não nos faz bem, não era prioridade, e tornamos a nossa mente mais aberta, aprendemos a ouvir mais e falar menos, aprendemos a mudar de atitude, desafiamos nossos medos e abraçamos a diversidade, decidimos acreditar mais em nós, passamos a ser mais amorosos, e em muitos casos, optamos por estar errados... Nos respeitamos mais, nos valorizamos mais, e no final, o que não conseguimos mudar, esquecemos.

Outro dia estava conversando com uma amiga, ela tem 48 anos, nunca se casou, enfiou a cara nos estudos e foi trabalhar, se tornou a melhor no que faz, linda, adora academia, inteligente, educada e “gente boa”, mas estava sentindo falta de algo, aquele algo para completar o vazio de uma vida dedicada ao trabalho e cultura. Viajou quase que o mundo todo, cheia de amigos, e quando percebeu, todos já estavam casados, com filhos, e ela ali, sendo requisitada para ser madrinha de um, convidada para ajudar no casamento do outro, e o tempo passou, e quando nos falamos ela estava em casa sozinha, ganhou 2 meses de férias remuneradas, apartamento quitado, carro quitado, passagens compradas para Mônaco, um lugar que a 5 anos atrás conheceu um rapaz, um brasileiro, que na época morava sozinho por lá, estudante e nas horas vagas trabalhava como garçon nos hotéis de luxo.

Foi amor a primeira vista, a mesma idade, os mesmos sonhos, mas a família e amigos foram contra, achavam que nunca iria dar certo, ela formada, mestre no que fazia, concursada, com um futuro maravilhoso profissional, ele, um rapaz sonhador, e ali, ficaram juntos por 4 noites, e depois se despediram. Depois nunca mais se falaram, mesmo com a tecnologia a favor, ela preferiu não dar asas a imaginação, preferiu seguir a razão, e deixar para trás um homem que em pouco tempo, conheceu a sua alma. E nesses 5 anos, ela viajou o restante do mundo, conheceu outros homens, se relacionou com outros, chegou a pensar em dividir o mesmo espaço com um namorado, mas, por forças que ela desconhece, isso não “vingou”.

Este ano ela decidiu voltar a Mônaco, passagem marcada para dia 16 de maio, me disse que precisa mudar sua vida, me disse que sabia que todas as escolhas que fez tiveram um peso e uma medida, e agora iria voltar aquela cidade, onde por 4 dias viveu um amor intenso, um amor de almas, e não sabia aonde iria procurar, não tinha email, não tinha endereço, e sabia apenas o primeiro nome, o sobrenome era emprestado de alguém. Procurou por todas as redes sociais, fez um “search” em tudo, ligou no hotel aonde ele trabalhava, mas disseram que ele não estava mais por lá, que a dois anos foi promovido e pegou um outro emprego. Na nossa conversa foi franca com ela, disse que não seria capaz de fazer isso, mas também não sabia que tipo ou intensidade de amor eles tiveram, mas se ela estava com vontade de fazer, que assim o fosse. Perguntei o que ela faria se encontrasse novamente o rapaz, e ela me disse que não sabia, porque a última vez que eles se viram, ele pediu a ela que ficasse em Mônaco, que ficasse com ele por lá, que iriam estudar e trabalhar juntos, e ela, com medo das mudanças e com 43 anos, decidiu recuar.
E eu fico aqui, esperando ela viajar e me dar notícias, esperando ela realizar algo que a 5 anos atrás mudaria sua vida...





Penso que deveremos ser claros com o que precisamos de mudar, precisamos decidir o que queremos mudar, precisamos dormir mais, trabalhar em projetos diferentes, conversar mais cara a cara, saber gerenciar mais o nosso humor, assistir menos tv, ser mais amorosos, perdoar mais, ler mais, apreciar mais a vida... Precisamos disso!!! Viver mais!!!

Sua vida não vai mudar até que você decida mudá-la. Então, decida hoje essa mudança...





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