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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Comportamento, Valores, Atitudes e um Pouco de Conhecimento






Sim, Comportamento, Valores, Atitudes e um Pouco de Conhecimento não faz mal à ninguém, muito pelo contrário, ajudam o nosso crescimento ao longo da nossa caminhada. Isso quer dizer que, muitas vezes precisamos mudar “algumas” atitudes nossas, até mesmo para fazer sentido ao nosso comportamento diante de muitas coisas. O fato é, se eu fumo ou bebo socialmente, não deve estar/ficar ligado diretamente a quem eu sou, o que eu faço como pessoa , os meus valores... Ou seja, qualquer que seja a relação entre comportamento e atitude, deve ser avaliado de uma forma única, no contexto ou situação. Muitas pessoas usam a Bíblia para justificar o comportamento (vou usar a Biblia porque foi o exemplo que passou pela minha cabeça), não bebem, não fumam, não dançam, não falam palavrão, vão a Igreja toda semana, escutam músicas clássicas e etc, mas não tem atitude ligada a este comportamento, vivem na aparência, e se perdem no tratamento com a família e com os amigos.




Julgar pessoas que não conhecemos, é perigoso e errado, pois temos um telhado de vidro... Precisamos de conhecimento e sabedoria para lidar com o nosso comportamento, e fazer com que ele se iguale as nossas atitudes e valores, porque senão vira hiprocisia, e é isso que vejo em muitas pessoas.





E por falar em comportamento e atitudes, este ano um livro chamou atenção da mídia e das mulheres: Fifty Shades of Grey – 50 tons de cinza. A autora do livro El James (acho que é apelido), era apaixonada pela Saga do “Crepúsculo” e resolveu dar um toque especial – eu diria, um toque diferente e cheio de emoção - a relação homem e mulher, e acertou! Passei um tempo apenas observando as criticas, vendo os notícias, lendo um pouco sobre a história do livro, e chegou a hora, comprei a trilogia e comecei a ler. Percebi ao longo do livro que, nada escrito ali é novidade – nada mesmooooo, apenas chegou numa época em que alguns valores e atitudes estão sendo esquecidos ou mal interpretados, ou melhor, desviados. O livro desperta o desejo feminimo por “mais”, é algo entre o erôtico e pornô, dentro dos desejos mais intimos e escondidos nas mulheres, apenas isso, e venhamos, o que tem demais nisso???





Na realidade, com tantas lojas com materiais eróticos (e deve ter um motivo para se manterem firmes ao longo dos anos), o que tem demais querer algo novo, diferente? Nada. O livro apresenta uma mulher forte, apesar da pouca idade, independente e determinada, sensível e inocente ao mesmo tempo, que aos poucos se fascina pelo homem sedutor e dominador, aquele que gosta e quer o controle de tudo. Vamos deixar a hipocrisia de lado, entender que a sexualidade e desejo, tomam formas diferentes quando estamos entre quatro paredes, e com o nosso amor. Apimentar a relação não faz mal, independente do que os parceiros gostam, eu mesma tenho uma amiga que para ela fazer amor com o marido dela, eles tem que tomar uma garrafa de vinho (toda), sempre, e me disse ainda que, mesmo hoje, depois de 19 anos de casada, ela quando quer fazer “amor”, ja pega a garrafa de vinho e o marido também, agora o que eles fazem, não me interessa, se sentem bem, e pronto.

A história do livro é de um amor incondicional - clássica, cheio de fetiche sadomasoquista, com um homem lindo, rico, educado e cheio de mistérios, onde a mulher tem que assinar um “contrato” sexual, mas antes de assinar, o envolvimento dos dois é normal... uma leitura simples, e fácil de entender, pois existe uma narrativa cheia de preliminares, presentes caros e muito mistério envolvido, e lendo o tal “contrato” sexual, fica bem claro que existem riscos, mas são bem definidos... Nada forçado, nada sem um consentimento! E o uso da camisinha sempre!!!

Não sei explicar bem o livro, talvez seja a parte da submissão da mulher, da aceitação dela, dos conflitos erôticos, o fato é que, o livro, ou melhor, a trilogia, é um sucesso, e já estou no segundo livro, e vi que muitas lojas por aqui estão vendendo lingerie, vinhos, Processo e músicas clássicas (que fazem parte do repertório do livro), e isso quer dizer que, Christian e Ana (personagens principais do livro) já fazem parte dos desejos feminimos. Existem algumas cidades aqui nos Estados Unidos, onde as “feministas” se sentiram ofendidas e começaram a queimar os livros em praça pública, estão planejando protestos em livrarias... Que hipocrisia!!!! Caramba, as “feministas” levaram anos e anos pela tal igualdade de direitos, e agora vem com essa de que o livro incentiva a submissão, ridiculo!!!!

Existe sim a fantasia sexual na mulher, porque não??? E sei que o livro desperta na mulher algo novo, diferente, cheio de vontade, mas para muitas mulheres, isso ainda é um tabu, pois fazem amor pelo buraco do lençol. Achar que somos apenas guiadas, chega a ser hilário, queremos controlar a situação também, algo entre dor e prazer, deixar de ser recatada, colocar para fora algumas fantasias secretas, que estão ali guardadas em um lugarzinho bem distante, vamos nos identificar com as partes boas, com o que gostamos, vamos parar de pensar apenas nos chicotes e algemas, podemos pensar em algo diferente, sair do tradicional, deixar de lado o bloqueio cultural e emocional

Lembro muito bem quando era criança, os meninos podiam tudo, e as meninas são censuradas e podadas, e isso cria mulheres reservadas e isoladas, que não se permitem fantasiar e desejar ter um sexo maravilhoso, saudável e prazeiroso. O livro nos faz pensar mais no antes, nas preliminares, no vinho, no Prosecco, na música, na mensagem cheia de desejo para o marido... Abaixo a rotina, a “mesmice”!!! Queremos mais... !!!!









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