Páginas

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O que andam mentindo por ai!


Amigos queridos, tem um blog que amo de paixao, eh algo meio que vicioso, entro nesse blog todos os dias para ler o que as meninas escrevem, elas sao maravilhosas, escrevem muito bem, sao mulheres bem resolvidas e bem esclarecidas.... para quem quiser dar uma espiada, acho dificil nao seguir esse blog, o nome eh: CRIATIVESSE

http://criativesse.blogspot.com/

La voce vai encontrar todos os assuntos, de uma forma suscinta e gostosa de ler, as meninas Beta, Karla, Lucia e Veronica - sao 04 feras no blog.

Semana passada, Veronica, da qual sou fa numero 1, colocou um post que achei o maximo.... Pedi a ela permissao para coloca-lo aqui no blog, e acho que sera super oportuno para muitos.

Sexta-feira, 5 de novembro de 2010


O que andam mentindo por aí!


O ser humano é um mentiroso contumaz. Sabemos disso porque mentimos também. Não há convivência saudável sem as pequenas inverdades, até porque se somos todos sempre muito iguais, ou muito parecidos, as mentiras são tantas vezes aquilo que esperamos dos outros, até porque nos faz bem.
Afinal, verdade é o quê? É o que vemos ou o que sentimos? É tudo isso mais a forma equilibrada de viver em sociedade, buscando não ferir suscetibilidades, respeitando aquilo que - sabemos - incomoda ao outro? Não é difícil perceber que sem mentira, ou as pequenas inverdades, não dá para sair da reclusão da caverna individual. Se somos capazes de mentir para nós mesmos, e com tanta veemência e argumentação, imagina para os outros.

Mentimos para sermos aceitos, para sermos rejeitados, para amar e desamar, para produzir e inventar, para dizer não e dizer sim. Ah, sim, nem sempre mentimos e sim omitimos. Perfeito! Essa também é uma deliciosa forma humana de conviver com as inverdades. Somos muito espertos em construir pontes para chegar do outro lado quando só o que se tem à frente é o rio caudaloso.
Todos nós, em algum momento da vida, já nos confrontamos com os mentirosos além da conta. São aqueles que ultrapassam os limites da inverdade equilibrada, daquela que se autoexplica e autodefende, para atingir o tom patético que certas mentiras também podem carregar. E aí tem desde as clássicas do "uma mulher esbarrou em mim no elevador e sujou minha camisa de batom", do "o professor não deu a nota", " faltei ao trabalho porque uma tia minha morreu", "furou o pneu do meu carro", e tantas outras.

Aqui no Rio - e confesso que não sei se essa é uma gíria nacional - a garotada usa uma expressão para as mentiras notórias: tremendo caô! Claro que essas são pequenas mentiras, que, tantas vezes, só nos justificam diante de nossas falhas ou mesmo do uso que fazemos dos códigos que, embora nos revelem, já nos perdoam pelas eventuais inverdades.
Acho que me incomoda mais a mentira de pessoas que constróem sua imagem pública através de uma linha tênue entre a existência ilibada e a falta de caráter. (Essa foi uma das melhores frases da Veronica) Sabe aquelas pessoas que se dizem de uma honestidade ímpar - e a verdade é que ninguém é 100% honesto - , que defendem doentiamente preceitos e dogmas, doutrinários inclusive, que se dizem religiosas e tementes, e que um dia mentem deslavadamente?

O que me motivou a esta crônica foi alguém assim. Um amigo foi a uma audiência na Justiça do Trabalho para buscar direitos que lhe foram surrupiados de forma desonesta e a turma do outro lado trouxe como testemunha uma pessoa que, tendo vestido sempre o falso personagem descrito acima, foi capaz de mentir da forma mais vil e serena, como se mentir, mais que uma característica humana, fosse algo para o qual ela merecesse desde já a certificação ISO171.


Se me surpreendo? Pois é, ainda me surpreendo. Não! Acho que estou mentindo. Não me surpreendo, não. Acho só que me chateio. Se a natureza humana já leva à mentira mesmo diante de situações mais amenas, imagine quando só se busca ser na vida um sobrevivente? Acho que aí está a diferença. Eu quero mais da vida do que ser uma sobrevivente, até porque os que buscam somente essa vã existência se vendem por muito pouco. Sei que custo bem mais caro. (Amei esse paragrafo, mesmo porque conheco pessoas que se vendem por muito pouco, ou quase nada).

Beijo Grande!! Sorte, saúde e sucesso para todos nós!

Postado por Verônica Cobas às 05:34

Um comentário:

Simone Scharamm disse...

Oi, Rita,
A Verônica é mesmo uma escritora incrível! seus textos são emocionantes, instigantes...adoro!Beijão!

Posts Relacionados

Related Posts with Thumbnails